sábado, 21 de março de 2009

Resposta de Reinaldo Azevedo ao e-mail que enviei à Veja


"BLOG
Reinaldo Azevedo

Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas – Tradução de Mário Faustino)

Terça-feira, Fevereiro 10, 2009

UMA DAS FACES DO TERRORISMO É ESTA

Há 210 comentários na fila. Esperem um pouquinho. Vamos lá. Um leitor — não declino o nome para que ele não tenha do que se orgulhar junto a seus amiguinhos defensores do terror, como ele — andou enviando uns comentários para o blog que se inscrevem no que chamo “Propaganda do Hamas”. Foram vetados, é claro. Inconformado, ele resolveu apelar à VEJA. Decidiu me DENUNCIAR, sabem? E usando as mesmas táticas mentirosas do Hamas, que ele tanto admira. Com aquele misto de falsa subserviência e arrogância que tão bem caracteriza essa gente, mandou ver. Segundo este amigo do terror, eu deponho contra a credibilidade da VEJA. Vamos a seu e-mail, em vermelho. Respondo em azul.

Bom dia!
Em sua coluna online do dia 4 de fevereiro deste ano, Reinaldo Azevedo critica a postura da imprensa por não fazer uma retratação a respeito de um suposto ataque israelense a uma escola da ONU na Faixa de Gaza que vitimou 43 pessoas, desmentido dias depois (as pessoas não estavam dentro da escola; estavam no portão, do lado de fora). A partir desta notícia, Reinaldo Azevedo insinua que todas as atrocidades israelenses são na verdade invenção do Hamas.

- "Desmentido dias depois” uma ova! Desmentido quase um mês depois — precisamente, 26.
- Seu texto dá a entender que o ataque se deu do lado de fora da escola, no quintal talvez. Foi numa rua próxima — até porque não foi um ataque aéreo, mas terrestre.
-As fotos que você envia, com imagens de um prédio bombardeado, são a prova da fraude. Elas ilustram um ataque. Nada têm a ver com a notícia que foi desmentida. Fazem parte justamente da propaganda do Hamas.
- Não há comprovação de que tenham morrido 43 pessoas naquele episódio. Os números também são do Hamas. E o Hamas, como nós sabemos, além de roubar o auxilio dado aos desabrigados e de torturar e matar os próprios palestinos, mente. Aliás, terroristas e seus amigos são mentirosos.- A propósito, deixe de ser vigarista: o desmentido da ONU não MUDOU AS PESSOAS DE LUGAR, MAS MUDOU O LUGAR DO ATAQUE.

Enviei, então, por 3 vezes, um comentário onde eu explicava que Israel atacou sim escolas da ONU, como ilustrado nos seguintes links (e ele envia dois links: este e este).

Vocês sabem como o terrorismo é bom em fornecer fotos. Lembram-se daquela de uma menininha palestina, em meio a escombros, com um pedaço de pão numa das mãos e uma bonequinha na outra, com o rosto (da boneca) sujo de tinta vermelha? Não era uma foto. Era uma metáfora.
É MENTIRA QUE ISRAEL TENHA ATACADO ESCOLAS DA ONU. DITO ASSIM, PARECE QUE ERA UM PROPÓSITO. ISRAEL ATACOU LUGARES USADOS COMO BASE PELOS TERRORISTAS. Se há coisas em que a facção pró-Hamas da ONU e os próprios terroristas são bons é em produzir falsas evidências. Depois as Nações Unidas têm de pagar o mico de fazer desmentidos.

Ou seja, o que a ONU admitiu foi que, naquele episódio em particular, a informação inicial era incorreta, não que nenhuma escola da ONU foi bombardeada ou, pior ainda, todas as "atrocidades" israelenses foram farsas do Hamas.

INFORMAÇÃO “INCORRETA” , NÃO!!! INFORMAÇÃO FALSA! A “incorreção” sugere um erro involuntário. A falsidade é uma construção. As fontes da imprensa na guerra em Gaza eram o Hamas e a UNRWA. E eram invariavelmente contra Israel. ENTÃO É NECESSÁRIO QUASE UM MÊS PARA SABER SE UM PRÉDIO FOI OU NÃO ATACADO?

- Você mente ao sugerir que usei o caso para negar “atrocidades israelenses”. Até porque os seres atrozes da região são os terroristas. Atrocidade pratica quem se esconde atrás de crianças para fazer a guerra. Atrocidade pratica quem usa escolas e hospitais como base de ataque terrorista. Atrocidade pratica quem foge do combate contra o “inimigo” e depois sai torturando e matando seu próprio povo. Como fazem seus amiguinhos do Hamas. É claro que a morte de inocentes numa guerra é uma “atrocidade”. A questão é saber se a atrocidade faz parte do plano de ação ou é um dano indesejado, presente em toda guerra.

Pois bem, meu comentário simplesmente foi recusado pelo Reinaldo Azevedo, de modo que ele agiu da mesma maneira que a imprensa que criticou na mesmíssima coluna: omitiu informações a seu público por não querer dar o braço a torcer que estava errado.

Recusei porque:- do meu blog, participa quem eu deixo participar; mando eu;
- porque você é um contumaz defensor dos terroristas do Hamas;
- porque você aprendeu direitinho a técnica do terrorismo de fabricar mentiras inteiras a partir de pedaços da verdade.

Considero que este tipo de conduta que beira o infantil não é condizente com o de um jornalista de uma publicação como a Veja e mina a credibilidade da revista enquanto órgão de informação responsável.Obrigado pela atenção,

Se você fosse leitor da revista, saberia que abordei o caso no artigo escrito para a edição desta semana.
Ah, mina a credibilidade da revista, é? Entendi. O terror, que adora mentir sobre escolas bombardeadas, também pede a cabeça de jornalistas.

Ah, sim. O caráter dessa gente se revela. O cara enviou esse e-mail hoje para a VEJA. Pois não é que, praticamente ao mesmo tempo, mandou para o blog um novo comentário!? Na mensagem à revista, ele diz que não sou compatível com o padrão da publicação. No blog, ele é todo solícito, suave: “Reinaldo, acho que você se equivocou...”

Entenderam? Não se é simpático ao terror sem ser, também, traiçoeiro."



Postei, então, no blog dele e na comunidade (ele, naturalmente, não aprovou meu comentário):

"10 fev
excluir
Guilherme
Reinaldo Azevedo
Que bom que você finalmente resolveu pelo menos publicar o meu e-mail para a revista Veja. Lamentavelmente, tona-se ainda mais clara a sua desonestidade.

Em primeiro lugar, não fiz "propaganda do Hamas" nenhuma.

Em segundo lugar, em nenhum momento eu afirmei que as fotos que enviei eram relacionadas ao episódio em que morreram os 43 palestinos. Pelo contrário, deixei claro que foram episódios DISTINTOS, mas que mostrava que, de fato, houve pelo menos um ataque israelense a uma escola da ONU. Por que você não posta os links que enviei?

Em terceiro lugar, eu me disporia com prazer a conversar com você sobre o assunto, pois você revela ignorância e preconceito imensos em relação ao tema, mas diante de sua reação absolutamente destemperada, cheia de ofensas pessoais e insinuações mentirosas, fica claro que você não age de boa-fé.

Uma vergonha uma das mais tradicionais revistas do Brasil ter um colunista que se comporta como um garoto contrariado com 12 anos de idade.


10 fev

excluir
Guilherme
E tão maldoso (ou burro) que ainda se queixa por eu ter concedido o benefício da dúvida ao, educadamente, vir aqui na comunidade perguntar se ele não poderia ter se equivocado ou estar atrasado em relação à aprovação dos comentários.

Tchau, COVARDE, foi um prazer te desmascarar.

No próximo post, os comentários dos leitores aprovados por Reinaldo Azevedo (enquanto censurava os meus).





Nenhum comentário: