Comentário enviado como resposta ao post "MAIS UMA DE AMORIM - BRASIL APÓIA UM ANTI-SEMITA PARA A UNESCO. ELE JÁ PROPÔS QUEIMAR LIVROS ESCRITOS EM HEBRAICO..." (http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2009/05/mais-uma-de-amorim-brasil-apoia-um-anti.html), no qual Reinaldo Azevedo acusa o candidato egípcio à chefia da UNESCO Farouk Hosni de ser antijudeu.
14/05/09
"Olá, Reinaldo!
Segundo o jornal israelense Yediot Aharonot, o que Farouk Hosni teria dito foi que ele “would burn Israeli books himself if found in Egyptian libraries.”, ou seja, queimaria livros israelenses ele mesmo se os encontrasse em bibliotecas egípcias (http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3543242,00.html).
Uma pesquisa sobre o que realmente teria sido dito e o seu significado revela que Hosni não é nenhum antijudeu delirante, mas alguém que se opõe veementemente a qualquer normalização com Israel, inclusive cultural, enquanto Israel continuar a se recusar a aceitar suas obrigações internacionais perante os palestinos. Não há nada de antijudaísmo delirante nesta posição.
Hosni disse ao jornal egípcio Al-Ahram Weekly: "How can we have cultural normalisation with Israel as Palestinian blood is being spilt in the occupied territories? Normalisation will only take place if Israel honours its international obligations towards the Palestinians and recognises their right to have their own state."
“He said his remark was hyperbole used in response to a comment by a member of parliament from the Muslim Brotherhood who said Egyptian bookshops and libraries were full of Israeli books.
"I denied this and told the MP, using a hyperbole, that if those books existed I would burn them myself," Hosni said. "This was a way of confirming the denial, not confirming the act of burning," he clarified.
"On the same day, I went on Egyptian TV and said Israeli books should be translated into Arabic in order to better understand Israelis who translate many books from Arabic and know us much better than we know them,"
"If what the Wiesenthal Centre said was true, why would I be ordering the restoration of Jewish temples and the preservation of Jewish papyri as part of world heritage?
"Egypt is always keen to preserve and protect Jewish monuments as an Egyptian cultural and archaeological heritage," Hosni said, noting that the Supreme Council of Antiquities has put 10 Jewish synagogues on Egypt's heritage list, nine in Cairo and one in Alexandria.
"If what I said really meant the actual burning of books, then I would be ordering the burning of Jewish temples and papyri, not restoring and preserving them," the minister said. “ (http://weekly.ahram.org.eg/2008/899/eg3.htm)
Isso é muito diferente de dizer que “queimaria livros em hebraico se os encontrasse em sua estante”, como você afirmou, classificando Hosni como “antijudeu delirante”.
Naturalmente, a frase original, por si só, já é suficientemente condenável, especialmente quando vinda de alguém que almeja o cargo de diretor da UNESCO. Mas você não resiste à compulsão de evitar toda crítica a Israel enquanto tenta fazer crer que todos os que têm algo a dizer contra Israel não passam de malucos racistas que odeiam os judeus e são herdeiros de Hitler.
Até a próxima!"
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